Maldito fado luso
Que assim me faz sentir
Esta opressão em peito recluso.
Maldito destino lusíada
Que assim me faz sofrer
Desdita digna de Ilíada.
Maldita fortuna lusitana
Que tem a glória de ser
Pior que as Tormentas e a Taprobana.
Maldita ventura da Ocidental fita
Que assim não me deixa esquecer
Maldita, saudade maldita.
Contradições, ambiguidades, paradoxos, hesitações, antinomias, incertezas, erros, equívocos, enganos... disto é feito o mundo que me rodeia assim como eu mesmo...no fundo, não passamos de acordes dissonantes numa monumental mas desarmoniosa sinfonia...aqui vão apenas algumas "notas" d'aquém e d'além minh'alma para ajudar ao todo...
quarta-feira, 23 de maio de 2007
Saudade
The Almighty, Irving Wallace
Levanta-se. Resolve contratar um bando terrorista para fazer ataques por encomenda. Excentricidades de milionário. Decide raptar o Rei de Espanha fingindo ser a ETA. E depois talvez o Secretário-geral das Nações Unidas. Porque não assassinar o primeiro-ministro de Israel? Já agora vamos fazer explodir o Air Force One com Sr. Presidente dos EUA lá dentro. Bahhh, coisita pequena. Ah, não se pode esquecer de assassinar a mulher; sabe demais.
Assustador não?
Assustador não?
Rússia
Escândalos:
Carolina Salgado publica um livro.
José Sócrates falsificou o diploma.
Eusébio é operado.
Um actor dos Morangos está no hospital.
(…)
Banalidades naturais:
Jornalistas assassinados.
Manifestações reprimidas ao estilo ditatorial.
Censura digna da PIDE.
(...)
Prioridades noticiosas ligeiramente baralhadas não?
Carolina Salgado publica um livro.
José Sócrates falsificou o diploma.
Eusébio é operado.
Um actor dos Morangos está no hospital.
(…)
Banalidades naturais:
Jornalistas assassinados.
Manifestações reprimidas ao estilo ditatorial.
Censura digna da PIDE.
(...)
Prioridades noticiosas ligeiramente baralhadas não?
Lisboa
Não, não vou dissertar sobre a situação da Câmara de Lisboa, do seu buraco orçamental, ou do Sr. Carmona, ou das eleições que aí vêm. Não, para isso lá estão os jornalistas ávidos de falências, violências e outros vocábulos acabados em “ências” (que o diga o Sr. Pinto da Costa). Apenas pretendo comentar um discurso de um candidato que ouvi no Jornal da 2:. Dizia o candidato à Câmara do Partido Monárquico (PM) do qual, peço desculpa, me escapa o nome que o seu programa se resumia a 3 pontos:
1º. Tornar o Parque Mayer e os Restauradores numa nova Broadway.
2º. Fazer os lisboetas gozar mais o Tejo oferecendo um barco a todas as escolas e associações.
3º. Organizar um Festival Internacional de Fado.
Caricato, não? To say the least.
Mas numa coisa há que dar a mão à palmatória: é original e não vem prometer o que não pode cumprir. Qualidade rara na política de hoje em dia!
1º. Tornar o Parque Mayer e os Restauradores numa nova Broadway.
2º. Fazer os lisboetas gozar mais o Tejo oferecendo um barco a todas as escolas e associações.
3º. Organizar um Festival Internacional de Fado.
Caricato, não? To say the least.
Mas numa coisa há que dar a mão à palmatória: é original e não vem prometer o que não pode cumprir. Qualidade rara na política de hoje em dia!
Torpor Apático
Levanto-me. Verdade seja dita que cada vez com menos vontade. O dia passa. As mesmas conversas, os mesmos temas, as mesmas pessoas, a mesma rotina. Um teste, uma ficha, uma apresentação, um relatório, um trabalho…há sempre alguma coisa a preocupar e a enegrecer o horizonte próximo.
As criancices que me envolvem não têm a mesma piada, parece que andam cada vez mais infantis…Ou talvez a minha paciência não esteja nos seus dias áureos…
Basicamente estou farto. Farto ver de tudo na mesma. Nada muda…
Não há novidades…Asfixio sob o peso desta vida rotineira…
Deito-me. Adormeço sob o peso do cansaço e da rotina maçadora e fatigante.
Mais um dia…
Diriam muitos que pior seria se houvessem novidades más que agitassem as coisas mas para nos fazer chorar…Olhem, já nem sei!
Esta letargia mata-me.
As criancices que me envolvem não têm a mesma piada, parece que andam cada vez mais infantis…Ou talvez a minha paciência não esteja nos seus dias áureos…
Basicamente estou farto. Farto ver de tudo na mesma. Nada muda…
Não há novidades…Asfixio sob o peso desta vida rotineira…
Deito-me. Adormeço sob o peso do cansaço e da rotina maçadora e fatigante.
Mais um dia…
Diriam muitos que pior seria se houvessem novidades más que agitassem as coisas mas para nos fazer chorar…Olhem, já nem sei!
Esta letargia mata-me.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Crónica falta de tempo
Alguém quer fazer o favor de me explicar onde pára o célebre aforismo: “Há tempo para tudo?” Cada vez me convenço mais de que não passa de uma ardilosa patranha para por os miúdos a estudar na ilusão de que vão ter tempo para ir jogar à bola. Mais uma, à semelhança do Pai Natal ou da Fada dos Dentes.
Somos “obrigados” a arranjar tempo para o que não queremos. Para fazer o chato do trabalho de Inglês, para aturarmos a tia-avó babosa no casamento do primo do cunhado do tia…
Contudo, não arranjamos tempo para estar com o amigo que não vemos à meses, ou para falar com a amiga que tem andado com problemas, ou para ir beber café com aquele pessoal que vemos esporadicamente.
Não arranjamos tempo para olhar as estrelas, para contemplar o horizonte, para nos estendermos ao sol, para lermos, para irmos ao cinema…
Não, não me venham com artimanhas, não temos tempo para tudo. Mais, não temos tempo para o que queremos… Isto soa-me à desmistificação da vida adulta aos olhos de uma criança que começa a crescer…
Eh, talvez seja isso mesmo.
Triste não?
Somos “obrigados” a arranjar tempo para o que não queremos. Para fazer o chato do trabalho de Inglês, para aturarmos a tia-avó babosa no casamento do primo do cunhado do tia…
Contudo, não arranjamos tempo para estar com o amigo que não vemos à meses, ou para falar com a amiga que tem andado com problemas, ou para ir beber café com aquele pessoal que vemos esporadicamente.
Não arranjamos tempo para olhar as estrelas, para contemplar o horizonte, para nos estendermos ao sol, para lermos, para irmos ao cinema…
Não, não me venham com artimanhas, não temos tempo para tudo. Mais, não temos tempo para o que queremos… Isto soa-me à desmistificação da vida adulta aos olhos de uma criança que começa a crescer…
Eh, talvez seja isso mesmo.
Triste não?
quarta-feira, 2 de maio de 2007
O Factor C
Apeamo-nos no Rato e tivemos que descer os célebres 600m até S. Bento. Aí deparamos com uma grande confusão na tal porta lateral. Uns sorrisinhos da Ana e o guarda já era todo por nós e pôs-nos numa fila à parte e lá nos garantiram a entrada naquele “Circo de Feras”. Ao passarmos pela segurança, a nossa simpatia conquistou o outro sô guarda que pelos vistos já tinha comido muito bem em Ourém…
Passou-se a manhã e já estávamos com fome. Quando íamos a sair encontramos a Dra. Maria José que devido a comentário “inocente” lançado pela Ana nos convida para almoçar lá na Assembleia: -“Se alguém perguntar, são meus convidados!”. E devido á gentileza da senhora lá almoçamos bacalhau com natas à pala dos cofres do estado!
Ora, durante o almoço, na amena cavaqueira, lá sugeriram que fossemos com o resto do pessoal no autocarro. Pelos vistos havia lugar. E lá puxou a Ana do seu magnífico sorriso para pedir uma “boleiazinha” até Leiria a Catarina do IPJ. Como temos cara de boas pessoas lá nos deixaram infiltrar. Viemos, então, até Leiria num autocarro que não pagamos e de lá para Fátima ainda tivemos boleia duns amigos.
Conclusão: não há nada melhor do que simpatia e conhecimentos para não se gastar dinheiro!
Passou-se a manhã e já estávamos com fome. Quando íamos a sair encontramos a Dra. Maria José que devido a comentário “inocente” lançado pela Ana nos convida para almoçar lá na Assembleia: -“Se alguém perguntar, são meus convidados!”. E devido á gentileza da senhora lá almoçamos bacalhau com natas à pala dos cofres do estado!
Ora, durante o almoço, na amena cavaqueira, lá sugeriram que fossemos com o resto do pessoal no autocarro. Pelos vistos havia lugar. E lá puxou a Ana do seu magnífico sorriso para pedir uma “boleiazinha” até Leiria a Catarina do IPJ. Como temos cara de boas pessoas lá nos deixaram infiltrar. Viemos, então, até Leiria num autocarro que não pagamos e de lá para Fátima ainda tivemos boleia duns amigos.
Conclusão: não há nada melhor do que simpatia e conhecimentos para não se gastar dinheiro!
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