sexta-feira, 2 de julho de 2010

D'Além Macedónia: Jihad na Europa

Os relatos de actos violentos por parte do movimento Wahabi crescem pelos Balcãs em número e ousadia. Desde que soldados extremistas sauditas se vieram instalar nos Balcãs, durante a conturbada década de '90, que uma rede defensora do fundamentalismo islâmico tem crescido na região. Surpreendentemente, as principais vítimas não têm sido as populações cristã e ortodoxa (maioritárias em muitos estados da região), mas sim os islâmicos moderados. O mais recente aconteceu hoje na Macedónia, como relata o AdnKronos Internacional.


É uma estratégia corriqueira dos fundamentalistas, estes ataques às facções moderadas, incutindo um clima de medo, que estas são impotentes, na sua moderação, de combaterem. Uma perspectiva do modus operandi dos fundamentalistas muitas vezes desconhecida ou propositadamente ignorada no Ocidente.


Um outro na mesma linha de acção ocorrido hoje teve lugar em Lahore, no Paquistão, matando 50 pessoas, como nos relata a Foreign Policy.

De lamentar é falta de interesse da opinião pública Europeia em relação a problemas em estado embrionário. Quando há centenas de mortes (Iraque), manifestações gigantescas (Irão) ou golpes militares sangrentos (Bangladesh) isso é notícia. Choca e dá audiências. Não digo que o fundamentalismo nos Balcãs vá atingir as mesmas proporções que no Médio Oriente, mas é um fenómeno em franco crescimento e poucos lhe dão atenção. O problema está aqui, à porta da Europa e alguma coisa se deveria fazer. Quantos serão precisos morrer antes que isso aconteça?

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