Apoderou-se de mim uma enorme vontade de escrever... Não sei o que faço... Limito-me a saborear o prazer de premir as teclas do teclado enquanto vejo as letras materializarem-se à minha frente construindo um modelo da estupidez do meu pensamento presente.
(Foco-me na estupidez do que escrevo, qual naufrágo desesperado agarrado estupidamente a um pequeno galho, numa tentativa de não me afundar na estupidez que me envolve. Se me afogar em alguma, ao menos é nesta, que é minha.)
Não sei que escreva; não tenho nada que escrever. Pareço louco, mas tenho direito a sê-lo. Mais não seja pela estupidez que me envolve. Ou por aquela em que me afogo, que já não sei se é a minha ou a dos outros. É tudo a mesma coisa e ao mesmo tempo é tão diferente.
Não disse nada. Mas se nada tinha que dizer, tudo está bem. Apenas queria escrever. Já escrevi. Vou embora.
Contradições, ambiguidades, paradoxos, hesitações, antinomias, incertezas, erros, equívocos, enganos... disto é feito o mundo que me rodeia assim como eu mesmo...no fundo, não passamos de acordes dissonantes numa monumental mas desarmoniosa sinfonia...aqui vão apenas algumas "notas" d'aquém e d'além minh'alma para ajudar ao todo...
Eu tenho uma teoria: escrever é como levar o cão à rua.
ResponderEliminarÉ exteriorizar sentimentos, mostrar-lhes que existe um mundo cá fora e, depois, voltar a guardá-los em nós, já bastante menos agitados.
Tudo isto acontece connosco. é natural, nao há como evitar. continua
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarHugo ! não fazia ideia que tinhas um blog, e confesso que adorei. que bela descoberta ;)
ResponderEliminareste post está incrivelmente real, também sinto muitas vezes essa vontade de escrever, qualquer coisa, mas escrever. Faz muito bem à mente!
beijinho e até dia 11 :D
Também me acontece o mesmo. Por vezes a escrita é uma necessidade imediata, precisamos mesmo dela para conseguir continuar...
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