sábado, 21 de abril de 2007

Paradoxo inequívoco da alma corpórea

Numa reflexão irreflectida penso em ti…
Pura partida irracional da minha razão.
Acordado, durmo e elevo-me em sonhos nunca sonhados
Enquanto mergulho em recordações do imemorial.

Sinto-me cheio de vazio…
Recordo o que nunca aconteceu.
Um passado inexistente,
Um ex-futuro…

A tua frieza desperta o meu calor.
E, numa inconsciência consciente, vejo o invisível
E a escuridão do que não vejo ilumina-me a cegueira.

A realidade fictícia em que vivo dá-me uma liberdade posta a ferros
Que amo, odiando apaixonadamente!
Sinto o que penso sem pensar o que sinto

Abraço o abstracto e o complexamente simples.
Lembro-me de te esquecer até à finitude infinita dos tempos…
E parece-me que morro para a vida, quando na verdade vivo para a morte.


Hugo Pereira
20/03/2007

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