sexta-feira, 2 de julho de 2010

D'Além Bruxelas: as promessas estão feitas!

Discussão da estratégia da União Europeia para 2020 com incidência nas reformas do sistema financeiro. Durão Barroso mantém-se fiel a si mesmo: suave e nada assertivo. Fica uma ideia de leviandade no ar no que respeita à regulação do sistema bancário, uma vez que Barroso se recusa, como sempre, a dar força aos discursos que faz, na tentativa de agradar a Gregos e Troianos. Algo muito Português, diga-se de passagem, a de dar uma no cravo e outra na ferradura. Algo que não é necessariamente mau e que no passado nos salvou de apertos, enquanto país pequeno a navegar em águas internacionais turbulentas. Cf. Grande Cisma da Ocidente (séc. XIV-XV), a neutralidade de D.João V (séc.XVIII) ou de Salazar (séc.XX). O segredo da diplomacia à portuguesa é parecer ceder a todos, não assumindo posição de força e assim os levar onde queremos. Estaria isto muito bem não fosse a falta de ambição subjacente e os fracos resultados que esta atitude prenuncia. Com esta atitude pouco mais se consegue que um status quo, que em momentos do passado poderá ter constituído um grande ganho político, mas que na situação económica actual da UE é tudo o que não precisamos. Veremos se Barroso se revela neste seu segundo consulado e se consegue impor rumo às reformas que a União Monetária desesperadamente necessita.

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