terça-feira, 23 de outubro de 2007

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Apoderou-se de mim uma enorme vontade de escrever... Não sei o que faço... Limito-me a saborear o prazer de premir as teclas do teclado enquanto vejo as letras materializarem-se à minha frente construindo um modelo da estupidez do meu pensamento presente.

(Foco-me na estupidez do que escrevo, qual naufrágo desesperado agarrado estupidamente a um pequeno galho, numa tentativa de não me afundar na estupidez que me envolve. Se me afogar em alguma, ao menos é nesta, que é minha.)

Não sei que escreva; não tenho nada que escrever. Pareço louco, mas tenho direito a sê-lo. Mais não seja pela estupidez que me envolve. Ou por aquela em que me afogo, que já não sei se é a minha ou a dos outros. É tudo a mesma coisa e ao mesmo tempo é tão diferente.

Não disse nada. Mas se nada tinha que dizer, tudo está bem. Apenas queria escrever. Já escrevi. Vou embora.

5 comentários:

  1. Eu tenho uma teoria: escrever é como levar o cão à rua.

    É exteriorizar sentimentos, mostrar-lhes que existe um mundo cá fora e, depois, voltar a guardá-los em nós, já bastante menos agitados.

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  2. Tudo isto acontece connosco. é natural, nao há como evitar. continua

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  3. Hugo ! não fazia ideia que tinhas um blog, e confesso que adorei. que bela descoberta ;)

    este post está incrivelmente real, também sinto muitas vezes essa vontade de escrever, qualquer coisa, mas escrever. Faz muito bem à mente!

    beijinho e até dia 11 :D

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  4. Também me acontece o mesmo. Por vezes a escrita é uma necessidade imediata, precisamos mesmo dela para conseguir continuar...

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